domingo, 15 de fevereiro de 2009

Vou pra um retiro católico carismático



Domingo, 15 de Fevereiro de 2009. Faltam poucos dias para o carnaval. Faltam poucos dias para que o país, de fato, comece a funcionar. Dizem que as coisas só andam depois do carnaval, né? Pois então!
Vou passar o carnaval no meu primeiro retiro católico carismático. Nos outros anos havia passado em retiros evangélicos. Fico meio encabulado de ir para um espaço diferente, o qual eu por quase nove anos execrei. Pois é, estou católico. Quem diria! Há cinco anos, isso era impensável. Eu fui muito radical quando evangélico – na minha fase área no mundo protestante. Queria ser missionário na África, fundar um igreja grande no Brasil, ser bispo, ser um pregador pentecostal. Minha mente flutuava em paisagens que eu queria está, em personagens que eu queria ser.
Desde outubro passado que tenho ido à igreja Católica. Na primeira vez, eu tinha bebido a tarde na casa de uma amiga, e a noite, finalmente, tomei coragem de fazer o que há tempo estava com vontade: assistir uma missa. Lembro que no passeio que fiz no começo do ano passado à Baia da Traição, quase que ia numa igreja que vi na praça da cidade, era sábado, pensei que estava fechada por isso não fui.
Quando cheguei na Igreja muita gente ficou espantada por minha presença lá. Uns vieram me abraçar, me saudar. Há quase dez anos que não ia a uma missa. Não tinha motivo pra ir, passei a maior parte desses anos todos como evangélico, afinal de contas. Nos dias que se seguiram, as pessoas curiosas queriam saber o porquê de eu ter ido à missa, se eu tava virando católico, se eu conhecendo “a verdade” iria pra mentira, pro engano.
Hoje me sinto católico. Estou feliz. Me sinto muito bem. Ainda não comunguei. É cedo, penso. As rezas, os rituais, estou aprendendo pouco a pouco. Freqüento os encontros da RCC, não quero ser membro, todavia. Por enquanto só participante. Vou pra esse retiro na cidade de Remígio, no próximo sábado. Como disse acima, me sinto ainda encabulado, constrangido, por ir a um lugar que ainda estou cambiante, por participar de um evento que tanto critiquei, que tanto fui avesso. Mas as pessoas mudam o tempo todo. Eu mudei. Estou, como disse, feliz com essa mudança. Fiz a escolha certa ao trocar a religião evangélica pela católica? O tempo dirá. Aliás, não troquei. Voltei a casa que um dia, na adolescência, sai.
Minha visão espiritual de hoje, contudo, não é fechada. Estou aberto a outras religiosidades. Estou ecumênico. Acredito que Deus se manifesta de diversas formas aos homens e mulheres. A mim, se revelou através do cristianismo, única religião que me satisfaz espiritualmente.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

A lenda pessoal

Não acredito que estejamos no mundo por acaso. Nunca acreditei. Nem vou acreditar.

Vivemos para nada. Nossa existência resume-se a estudar, trabalhar, fazer sexo, se divertir, namorar... Tudo isso faz parte. Mas existe algo por trás de tudo isso. Existe algo que torna a vida humana com sentido. Que torna o trabalho, o sexo, o estudo, a família, a diversão... muito mais do que uma obrigação social-biológica-cultural. Tudo isso faz parte de um projeto maior.

É a lenda pessoal.

Alguns a chama de vocação, missão, destino. Seja qual for o nomenclatura, nós temos um caminho a seguir nesta jornada terrena. Tudo só faz sentido quando a gente cumpre, luta, corre atrás de nossa lenda pessoal.

"O que é a lenda pessoal? É a sua benção, o caminho que Deus escolheu para você aqui na Terra. Sempre que um homem faz aquilo que lhe dá entusiasmo, está seguindo sua Lenda". Vi num texto de Paulo Coelho.

A felicidade não consiste de riquezas, fama, sucesso, vitórias. Quantos as possuem mas vivem infelizes, deprimidos, angustiados. De que vale o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?, nos alerta o texto bíblico.

A felicidade só é possível quando a gente vive a lenda pessoal, quando a gente cumpre aquilo que o universo espera de nós.

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