Ontem a noite. Saio da missa. Vou com uma amiga "lanchar" (mas não comi nada porque meu intestino não tava nada bem). Depois vou a praça. Fico conversando com colegas. Vejo uma briga ali, logo na nossa frente. Acaba a briga. Voltam a brigar. Eu vou, de forma inconsequente, ver bem de perto. Sigo atrás dos caras envolvidos. Eu só não. Todos que estavam na praça da Matriz também vão. Por que os seres humanos que buscam tanto a paz gostam de ver tragédia? Mas acaba a briga. Voltamos a conversar. Depois de um tempo, já cansado do dia (reunião, enterro) volto pra casa. Tô com fome. Pego uma maçã pra comer e umas uvas pra chupar.
Me chamou a atenção a maçã. E as uvas também. A maçã estava linda, vermelha, aparentemente saborosa. Quando dei minha primeira mordida, naquela que imaginei ser uma suculenta maçã, me decepcionei. Dentro ela estava toda machucada. Quem visse por fora ficara surpreso com o lado externo que discrepava com o seu lado interno.
As uvas corresponderam minhas expectativas. Lindas por fora. Saborosas, suculentas e doces por dentro. O lado externo estava em perfeita sintonia com o lado interno. Diferente da maçã que comi, as uvas que chupei eram transparentes; mostravam por fora o que eram por dentro.
Penso nas pessoas. Maçãs. Uvas. Conheço umas maçãs que por fora demonstram uma coisa bem diferente do que são por dentro. E conheço umas uvas que são transparentes, o seu exterior expressa o que vem do seu interior. Algumas por serem falsas de natureza. Outras, a sociedade as obriga a vestir uma máscara. Neste ultimo caso é mais complicado ser o que é. No outro caso, depende do caráter das pessoas.
Alguns tipos de maçãs sempre prejudicam a gente. Outras são prejudicadas por um meio social hostil a elas. É preciso diferenciar os dois tipos de pessoas para não ser injusto com quem já é tão injustiçado ou para beneficiar quem já é tão ilicitamente beneficiado. Viva as UVAS!
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