domingo, 29 de setembro de 2013

Voltando

Nossa, como fazia tempo que eu não postava nada aqui! O facebook tem reinado soberanamente em minha vida. Passo a maior parte do meu tempo lá. Os grupos de debates, as páginas, comunidades, atualizações dos milhares de amigos virtuais que tenho, tudo isso tem ocupado minha navegação no mundo virtual.

Confesso que esse blog perdeu um pouco de sentido para mim. Muitos textos escritos eram desabafos de um coração amante. Outros tempos. Tempos bons aqueles. Tempos das paixões inebriantes e dos sofrimentos também. Mudei. Todo mundo muda o tempo todo. Cresci. Larguei aquelas ilusões afetivas. Não que eu não possa vir, em um futuro, a ter algum sentimento arrebatador por outra pessoa no futuro, mas não vislumbro isso para mim.

Dias atrás, eu lembrava de quando eu gostava de Luan Santana (risos). Hoje acho hilário lembrar que já fui fã desse cara. Não apenas gostava dele, mas Luan marcou um período importante na minha história sentimental. Ainda hoje, passado tanto tempo, toda vez que escuto, por exemplo, "meteoro da paixão", o passado volta como se eu tivesse acessado um link de um algum site. Imediatamente vem os sorrisos, os cheiros, os medos, os anseios, os desejos...

Cheguei hoje a esse blog devido uma nostalgia que me abateu de repente. Meu computador, há meses, estava sem funcionar. Um amigo veio agora a tarde formatá-lo e ajeitá-lo. Voltou a funcionar normalmente. Quando comecei a mexer nele, fuçando os vários arquivos e pastas, me deparo com as centenas de fotos que tenho. Comecei a ri, deu vontade de chorar, bateu saudade. 

Depois desse momento contemplativo de fotos, fui bater no orkut (risos). Pois é, os meus dois perfis ainda estão na ativa. Parece que o domingo serviu para eu voltar a um tempo que não volta mais, mas que vive na lembrança bem guardado e sempre pronto para vir à tona.

Vou voltar a escrever nesse blog. Os tempos são outros, mas não rompi completamente com as outras temporalidades que experienciei. 

São 20:39

sexta-feira, 8 de março de 2013

8 de março de 2013

O 8 de março chegou. Temos (eu me incluo também já que não precisa ser de determinado gênero ou grupo pra celebrar vitórias ou lutar por avanços dele) muitas conquistas. Mas muito desafios. 

O direito penal brasileiro tem mecanismos legais para enfrentar a violência contra as mulheres, a Constituição diz que homens e mulheres são iguais, ninguém ousa, abertamente, dizer que mulheres são inferiores aos homens... mas na prática, todo mundo sabe, isso é bem diferente. 

A Lei Maria da Penha, por exemplo, não tem sido aplicada de fato. A igualdade constitucional não se realiza, uma vez que, nas mesmas profissões, homens e mulheres não ganham de forma semelhante. 

Além disso, não dá pra comparar uma mulher de classe média alta com uma mulher que mora numa cidade do interior ou numa favela de uma grande cidade. Não dá pra comparar a mulher branca com a negra. A mesma experiência de preconceito e discriminação da mulher lésbica ou trans não é vivenciada pela mulher hétero. A mulher de religião cristã está, socialmente falando, em um patamar muito superior que a mulher de religião afro. 

Temos prefeitas, vereadoras, deputadas, senadoras, uma governadora de estado, ministras, juízas, desembargadoras, presidenta da república, empresárias... Mas também temos muitas mulheres que nem podem sair de casa, que vivem em um sistema patriarcal que as aprisionam, que as silenciam, que impede qualquer manifestação no sentido de romper com a lógica androcêntrica na sociedade. 

Nesse dia 8 de março não é possível louvar, tão somente, as conquistas, mas, acima de tudo, é preciso discutir os desafios para a construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária, sem esquecer, também, que a opressão de gênero não pode ser dissociada da opressão sexual, econômica, racial e religiosa.

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