Eu a
vi a fotos dos dois no instagram. Fiquei morrendo de ciúmes. Não tenho motivos
para nutrir esse sentimento. Ora, eu que não quis continuar com algo que eu
julgava – talvez erroneamente – não vingar. Meu velho defeito de viver tudo
intensamente por uns momentos e depois descartar com a mesma intensidade.
Pago
por erros. Desacertos são vários. Escolhas precipitadas marcam minha vida. O
pior de tudo é que me arrependo pouco tempo depois. Hoje estive em um shopping
e meu maior medo era encontrar ele lá. Sabe aquele olhar de vigilância a todo
tempo? Pois estive desse jeito. Só sosseguei quando saí do local e retornei
para minha cidade.
O
ano que está quase no fim foi marcante para mim. Faltam poucos dias para o
ocaso de 2016. Fechei ciclos. Tive dores. Perdas. Fiz tentativas várias de
acertos em algumas áreas de minha vida; errei em muitas. Mas afetivamente, como
diz a sabedoria do bar, me lasquei.
Uma
vez comentei com um amigo que vou tentar virar uma versão de Dilma. Pelo menos
a versão que pintam dela. Mulher dura. Bem sucedida profissionalmente, apesar de
ter feito um péssimo governo. E viver sem amores. Focar na minha vida
profissional, buscar alcançar minhas metas e curtir discretamente a existência.
Escrevo
isso escutando pagode. Segundo Ana Carolina, a personalidade do amor é deste
estilo musical. Penso no que perdi por ser instável em meus relacionamentos. No
fundo Alexandre Pires canta: “preciso de um tempo aqui pra esquecer o que
passou”. Talvez só na próxima existência eu consiga destruir esses fósseis - são vários - que
carrego na alma.
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