sábado, 30 de agosto de 2008

O Bloco dos Sem Salários - manifestações dos professores de Alagoinha para receber seus salários

Desde ontem, estamos, em Alagoinha, vivenciando o nosso carnaval fora de época, "Alagoinha Folia". Se extende até amanhã. São três dias de folia, diversão, lazer, para a população da cidade e da circunvizinhaça. Até ai nada de mais. As festas são espaços de socialização e de renda. Bom para cidade. Bom para os fuliões.
Mas...
Nem tudo é festa em Alagoinha.
Enquanto uns vão se divertir, outros queriam, mas não podem. Soube que uma amiga até hoje estava com dor de cabeça. Por quê?
Os professores de nosso município estão há dois meses sem receber seus salários. Uma vergonha. Uma falta de respeito. Alguns nem o PASEP receberam.
Há três anos, essa situação vem se repetindo. Para poderem receber seus salários os professores e servidores da educação tem que fazer manifestações. Foram à justiça. Mas nada foi feito. Muito pelo contrário. Algumas merendeiras deixaram de fazer a merenda um dia e foram protestar pelo pagamento de seus salários, e sabe o que receberam? Um processo. E tem que pagar sextas básicas agora. Uma vergonha sem tamanho.
Nossa cidade não tem obras, não tem casas sendo construídas, não tem saneamento básico, não tem remédio de graça para a população, não tem transporte adequado, não tem escolas bem estruturadas...
Mas o dinheiro vem. As verbas são volumosas.
A pergunta que não quer calar: para onde vai o dinheiro?











quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Pensa em mim!!!!!!!

Pensa Em Mim
Darvin

Composição: Bernardo Faria / Conrado d´Ávila

Inspiração dos meus sonhos não quero acordar,
quero ficar só contigo não vou poder voar,
porque parar pra refletir se meu reflexo é você aprendendo uma só vida, compartilhando prazer.

Por que parece que na hora eu não vou aguentar,
Se eu sempre tive força e nunca parei de lutar?
Como no filme, no final tudo vai dar certo.
Quem foi que disse que pra tá junto precisa tá perto?


Pensa em mim
Que eu to pensando em você
E me diz
O que eu quero te dizer
Vem pra cá, pra eu ver que juntos estamos
E te falar
Mais uma vez que te
amo

O tempo que passamos juntos vai ficar pra sempre,
Intimidades, brincadeiras, só a gente entende.
Pra quem fala que namorar é perder tempo eu digo:
Há muito tempo eu não crescia o que eu cresci contigo.

Juntos no balanço da rede, sob o céu estrelado,
Sempre acontece, o tempo pára quando estou do seu lado.
A noite chega eu fecho os olhos e é você que eu vejo,
Como eu queria estar contigo eu paro e faço um desejo:

Pensa em mim
Que eu to pensando em você
E me diz
O que eu quero te dizer
Vem pra cá, pra eu ver que juntos estamos
E te falar
Mais uma vez que te amo


Mais uma vez que te amo...

domingo, 17 de agosto de 2008

Profanação

Carol Castro pousou nua para a Playboy com um terço na mão, profanando um objeto tão especial e sagrado para os católicos do mundo inteiro.

domingo, 10 de agosto de 2008

Ela, a vida

Vida louca, vida
Vida breve
...
Sempre falo na vida.
É a coisa mais importante que se tem a falar.
Aliás, tudo que falamos é sobre ela nos mais variados aspectos.
Quando falamos em política, falamos em como organizar/melhorar a vida da gente.
Quando falamos em esportes, festas, literatura, falamos em como nos divertir, às vezes, em como aliviar-se dos problemas e dificuldades da vida.
Quando falamos no amor, falamos em perpetuar a espécie (numa relação herero, óbvio), ou simplesmente em como vivermos melhor.
Quando nos lamentamos dos problemas, das dificuldades, falamos do lado "negativo" da vida.
Vivo a vida.
Sinto os seus espinhos.
Mas cheiros suas flores.
Experimentei derrotas.
Contudo, já provei o doce sabor da vitória.
Senti ódios.
Vivi amores.
Chorei deveras.
Sorri muito.
Tudo que experimentei de doce e amargo na vida vou provar ainda mais até que minha trajetória nela acabe.
A vida é assim.
Um dia estou nos montes, outro nos vales.
Um dia num óasis, outro no mais forte deserto.
Vida louca, vida
Vida breve!!!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Um texto interessante sobre A Queda de Ricardo Gondim

Mentoria - Pessimismo antropológico.
Ricardo Gondim.


Prezado Diego,

Continuemos. Desejo trabalhar um tema “imexível” da teologia cristã. Embora nem sempre explicitada, a "Queda" é quase que ponto pacífico na maioria das teologias sistemáticas. Este termo, a "Queda", é um pressuposto antropológico na teologia, também chamado de “Pecado Original”.

Considerado essencial para explicar a universalização do mal, o Pecado Original também serve de base para a teologia sacrificial - "Cristo foi crucificado para aplacar a maldição de Deus que repousa sobre a raça humana desde o pecado de Adão".

Diego, tal conceito é quase unanimidade entre os cristãos ocidentais. Questioná-lo não é tarefa fácil, admito. Considera-se que o Pecado Original tenha nascido da pena do gigante Santo Agostinho. Ele cunhou o termo. Quando Pelágio o enfrentou nessa questão, Agostinho ganhou o duelo. Os debates que envolviam liberdade e depravação definiram a teologia desde então. Já ouvi alguém afirmar que depois de Santo Agostinho, tudo o que se escreveu sobre a antropologia cristã não passa de nota de rodapé. Não é preciso dizer que Pelágio desceu no ralo da história como herege e Agostinho virou santo.

Santo Anselmo, alguns anos mais tarde, aprofundou ainda mais o pessimismo antropológico agostiniano. Depois dele, o pecado original foi considerado uma verdade explicitada nos escritos de Paulo - principalmente na Epístola aos Romanos. Lutero o tornou o carro chefe de sua doutrina sobre a graça. E como você sabe, os calvinistas ingleses – os puritanos – levaram o pecado original até às últimas consequências. Deles e dos calvinistas holandeses, nasceu a predestinação dupla que afirma que muitos foram criados por Deus para sofrerem no inferno e poucos para se deliciarem no céu.

Leia o que escreveram os teólogos latino-americanos Juan Luis Segundo, Gustavo Gutierrez, Jose Comblin. Conheça os livros do historiador Jean Delumeau. Sugiro toda a obra do espanhol Andrés Torres Queiruga. Reconheço que entre os protestantes, não acreditar no Pecado Original é uma apostasia digna de fogueira. Você já sabe, quem não se fundamentar no Pecado Original, além de herege, será rotulado de relativista ou liberal.

Contudo, não estamos preocupados com rótulos ou com exílios, certo? Então, deixe-me fazer algumas colocações antes de entrar no debate bíblico (posteriormente vou escrever mais sobre o assunto).

1. O mundo não está desgraçadamente caído. Este planeta não é um espetáculo de horrores. Não vivemos na ante-sala do inferno. Vicissitudes, doenças, acidentes e mortes não são o resultado de vivermos em um mundo torto e maldito. Não, mil vezes não. Nosso mundo é contingencial, espaço onde coexiste a possibilidade da saúde e da doença, dos acidentes e dos livramentos, dos absurdos e da felicidade. Alegrias, risos, festas e beleza se concretizam com as mesmas chances que as balas perdidas, o câncer e os desastres automobilísticos. Não esqueça que, como nos organizamos, pode acontecer mais felicidade ou mais infortúnio. A probabilidade de ser assassinado no Brasil é muito maior que na Inglaterra. Mais crianças morrem antes do primeiro ano de vida na Índia do que na Bélgica. Se acontecerem dois terremotos com a mesma intensidade nos Estados Unidos e no Afeganistão, sugira onde será a pior devastação. Você não se pergunta por que os desastres naturais arrasam primeiro os pobres?

Mas, onde impera a injustiça o direito também pode triunfar; em meio ao ódio, a paz pode florescer. O acaso que produz morte também junta os amantes. Existe estatística que prevê o percentual de crianças nascidas com síndromes graves. Considerar deformidades genéticas como resultado da "Queda" e ainda ter estatística para as ocorrências é nonsense. Não dá para pensar em castigo que obedece as leis da probabilidade!

2. A morte física não aconteceu devido a uma dentada no fruto proibido. Morrer está em todo o universo. Sim, a narrativa do Gênesis descreve a morte. Entendo, porém, que aquela descrição se refere ao preço de assumirmos nossa humanidade, não a uma maldição. A consciência da nossa finitude foi o preço que pagamos quando saimos da irracionalidade. Os animais também sofrem e morrem. Só que eles não se angustiam com a dor ou com a brevidade da vida.

A termodinâmica preconiza que todo sistema (vivo ou inanimado) tende a se desintegrar. Tudo se esfarela, tudo morre. A natureza efêmera não é desdobramento de um pecado. Morrer faz parte da constituição intrínseca da criação. Só Deus é eterno. Se nascemos, vamos morrer. Com os conhecimentos modernos da astronomia, fica difícil imaginar que o colapso de uma estrela – sua morte – que aconteceu há dez bilhões de anos, seja conseqüência do pecado de Adão.

Precisamos repensar o pessimismo antropológico do movimento evangélico. Será que todos os seres humanos já nascem condenados? Os teólogos estão certos quando interpretam que somos “por natureza, filhos da ira de Deus”? Como pode uma pessoa vir ao mundo já culpada, se nem pediu para nascer? A humanidade foi mesmo tão solidária com Adão, que nela não “habita bem algum”, só perversão e pecado?

Li de um famoso evangélico brasileiro, professor de teologia, que o Pecado Original é a doutrina mais atestada pela história. Segundo ele, basta contemplar a hora do recreio de crianças no maternal. Meninos e meninas de um, dois, três anos já se mostram egoístas, maus e mentirosos. De acordo com as deduções do professor, são assim porque herdaram tanto o pecado como a culpa de Adão. Pergunto constrangido: será que a teologia não adoeceu os olhos do professor? Por que ele não consegue enxergar nessas mesmas crianças, alegria, altruísmo e facilidade para perdoar?

Não precisa repetir o otimismo de Russeau; a condição humana não é boa nem má, apenas ambígua. Delumeau afirma que “os seres humanos são capazes de tudo, inclusive fazer o bem”. Então, por que o mal se universalizou? Pelo simples fato de que o bem de igual modo se alastrou. Concordo, sobram exemplos de perversidade no mundo. Contudo, é possível encontrar sinais de bondade, solidariedade e beleza em todas as culturas, lugares e religiões. O mundo ainda não é uma Gothan City, nem uma Sodoma.

Em qualquer época da história foi e será possível achar religiosos, engenheiros, médicos, músicos, lavadeiras e militares fazendo o tanto o bem quanto o mal. O mal ainda não suplantou o bem. Os diques contra a maldade, embora rachados, não foram devassados completamente.

Sugiro que você repense o pressuposto do Pecado Original. Leia extensivamente alguns autores judeus – lembre-se, Jesus foi judeu. Você notará que nenhum teólogo ou rabino considerou o Pecado Original parte da natureza humana devido a Adão. Vale ressaltar, os Evangelhos não registram Cristo ensinando sobre o Pecado Original. Pesquise os teólogos protestantes contemporâneos. Os que se preocupam com uma práxis transformadora da história – teólogos da libertação, por exemplo – já abandonaram essa premissa, faz tempo.

Você sabia que Agostinho e Lutero tentaram explicar como o Pecado Original passa de geração em geração? Certa vez, questionaram Agostinho se o sangue de Cristo purifica as pessoas de todo o pecado. Logicamente o bispo africano respondeu que sim. “Está escrito, o sangue de Cristo não só perdoa como erradica todo pecado”. Replicaram: “se um casal cristão, lavado e remido pelo sangue do Cordeiro gerar um filho, de onde viria o pecado de Adão?”. Agostinho respondeu que o “pecado é transmitido pela relação sexual”. Segundo ele, “não é possível acontecer relação sexual sem concupiscência”. Lutero também repetiu essa mesma tolice.

Amigo, não considere as pessoas como “cães ou porcos”. Todos são filhos e filhas queridos de Deus. Evangelize valorizando a dignidade divina impregnada em todos. Trate o seu semelhante da mesma maneira que Jesus. Ele lidou com gentios, prostitutas, soldados e judeus com extremo carinho. Para ele, todos eram preciosos demais para se perderem. E Deus prova o seu amor, ao enviar Cristo para viver e até morrer, mesmo quando as pessoas se mostravam inimigas. Sabe por quê? Mesmo quando soterrada pela maldade, cada pessoa carrega a Imago Dei, a Imagem de Deus, e essa dádiva não pode se perder. Cristo veio buscar e salvar os esmagados pelo mal para fazer ressurgir a sua glória, impressa nos corações.

Soli Deo Gloria.


site:http://www.ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=104&sg=0&id=1936

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