Ele pensa, pensa, pensa...
Deseja, faz tempo, o momento de poder conversar. De dizer tudo que está sentido. De desabar suas mágoas. Já conversou com um amigo muito dileto. São cúmplices em muitas coisas. Parecidos em muitos aspectos. Um entende o outro. A dor de um não é alheia a dor do outro. Ultimamente, eles se falaram ao celular. Ele deseja coragem, força para poder conversar com sua Outra Parte sobre os caminhos sinuosos do relacionamento.
Faz dias. Semanas até. Ele não ver mais como continuar. Não quer ser tratado como príncipe. Muito menos como plebeu. Quer ser tratado apenas como devem ser tratadas as pessoas que participam de um relacionamento. Deseja, tão somente, reciprocidade de sentimentos, de atitudes.
Chegou a chorar.
Mas o dia chegou. Na semana anterior, ele tinha enviado um e-mail. Queria poder externar toda a sua dor. Mas acabou, devido o afeto forte que nutre pela Outra, fazendo o contrário.
Antes de começarem a teclar pelo MSN, ele estava um bom tempo no Twitter. Jogou um pouco de estado emocional por lá. Disse, inclusive, está em buscar de um novo amor. Somente um novo amor pode fazer esquecer um amor antigo. Ele sabe disso. Teve experiência pessoal.
A conversa começa. A Outra coloca de forma direta a conclusão. Não explica muito os motivos. Então ele entra. Desabafa. Vocifera pela janela do MSN suas mágoas. Está emocionado. Lagrimas vertem de seus olhos. Não desejava esse fim. Admite que vai demorar um bom tempo para esquecer o seu amor. Mas deixa sua Outra Parte livre. Livre para fazer o que ela já vinha fazendo. Só que agora sem o peso de ter um namoro.
Despede-se. Chora mais um pouco. Deita na cama. Enrola-se. Sente uma dor no peito. Pensa, pensa, pensa... Tudo poderia ter sido diferente. Mas ninguém é dono de ninguém. De repente o seu celular toca. Sua agora ex Outra Parte está ligando. Pra quê? Ele não atende. E disse pra si mesmo que não vai atender ligações dela tão cedo. Ouvir a voz de quem um dia fez tantas declarações amorosas, planos para um futuro juntos, ajuda a aumentar as feridas que estão na sua alma.
Mal consegue dormir. Desperta logo cedo. Não está bem. Liga o rádio. Uma música que pede uma chance para amar está tocando. Terá sido um pesadelo? Ele olha pro celular. Ver a ligação não atendida. Era uma hora e trinta e sete minutos. Sente o peso da realidade.
Reza. Toma um banho frio. Como um ritual. Tudo para mostrar que a vida segue em frente. Que novos horizontes podem surgir. E ele está disposto a encarar essa nova realidade que se descortina.
Foram cinco meses de namoro. Pra uns, pouco tempo. Pra outros, um tempo logo. Pra ele, um tempo suficiente para amar e ser amado!
Será que é quem tô pensando essa Outra Parte???
ResponderExcluirJá era sem tempo.
Deixa ela pra lá... Esquece. Arranca da tua vida.
Bjos
Ana
"Não deixe que nada te desanime, pois até um pé-na-bunda te empurra prá frente."
ResponderExcluirA gente tem que seguir em frente... Olhar pro futuro... Bate a poeira dos pés... Queimar esse capítulo e escrever outro...
ResponderExcluirA gente tem que seguir em frente... Olhar pro futuro... Bate a poeira dos pés... Queimar esse capítulo e escrever outro...
ResponderExcluirMuito triste, há pessoas que não sabem valorizar quem os valoriza!
ResponderExcluirFinalmente isso aconteceu!
ResponderExcluirGostei do texto!
Desejo força e disposição para você!!
Legal o conto, gostei.
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