A criatura humana é capaz das piores atrocidades possíveis. Aliás, acredito, que só os homens e as mulheres são capazes de atrocidades. Os animais agem por instituto, por necessidade natural e irresistível de defender-se ou alimentar-se, mas não comentem qualquer ato gratuito contra outro de sua espécie ou de outra diferente.
Acho
bacana a idéia paulina de que todos pecaram e destituídos estão da glória de
Deus. Para muitos teólogos, sobretudo os calvinistas, nenhum ser humano é bom.
Todos nascem mal por natureza. Todos merecem o inferno. Se não fosse a graça de
Deus, dizem esses pensadores, que escolheu alguns, segundo sua soberana vontade,
para morar no céu, ninguém se salvaria.
Mas
não quero falar em teologia cristã. Quero falar da ruindade humana. Daquilo que
as pessoas fazem de mal as outras pessoas. Algumas porque gostam. Outras por
engano. Outras por pensar que não vão magoar ninguém.
O
pior de tudo é que pessoas que sofreram também são capazes de fazer outras passarem
pelo mesmo sofrimento que levaram tempo para superar. Isso é ruim. Já vi esse
filme várias vezes. O pior é que também já fui protagonista de uma história
parecida. O mesmo motivo que me causou sofrimento, eu, por pensar que não ia
magoar outra pessoa, terminei causando.
A
lição ficou. Depois que o leite foi derramado não há mais nada que fazer. Agora
é seguir em frente e aprender que meu lado bruto, selvagem, desumano até, pelo
menos para meus princípios e valores pessoais, pode aflorar mesmo que eu pense
está tudo de acordo com a normalidade do ambiente que vivo, afinal de conta, o
que fiz não foi reprovado por ninguém, pelo contrário, foi até exaltado.
Não
matei, não roubei, não estuprei ou cometi qualquer outro crime previsto no Código
Penal brasileiro ou em leis extravagantes. Mas algumas coisas são crimes contra
a alma, contra o afeto, contra o sentimento. E pra mim, de acordo com minha
ideologia de vida, isso é crime tipificado na lei do amor.
Achei o texto ótimo. Bem sucinto e gostoso de ler.
ResponderExcluirGostei Joel
ResponderExcluirAmanda
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBoa noite!
ResponderExcluirNo seu texto você trata da natureza humana e da carga de valores que baliza a atuação social do humano.
A crise ética por que passa a humanidade não deve ser supervalorizada, tendo em vista que, na evolução histórica, imperam fatores cíclicos que sempre emergem para perturbar-nos.
Exemplificativamente, se retroagirmos na História do Brasil, mais precisamente à época do escravagismo, o humano pontificou socialmente tão perverso e predador quanto em outros átimos históricos.
É por isso que as sociedades evoluíram na construção cultural do Direito.
Se a moral, que determina o proceder humano - por conseguinte, o desdobramento ético-social -, já não norteia os comportamentos do homem, então o Direito vem em socorro da harmonização do convívio social. E nessa dialética infinda, ele, o Direito, carece, sempre, de um pronto e eficaz aperfeiçoamento.
Seu amigo,
Ringo.
Bonum nocte!
ResponderExcluirLorem facietis in humanis scopus societatis onus valores humanos actus.
In ethica discrimine quod humanitas non overstated, data, in evolutione historica, quae semper praevalebunt cyclical factores emergere ad perturbare nobis.
Ut exemplum, si retroagirmos historia Brazil, magis praecise in tempore servitutis, humana pontificated ut socialiter perversa, ut in aliis Predator átimos historia.
Quod suus quid societates evolutis in culturae constructione legis.
Si morem gerere humani determinate - ergo moralis explicatio socialis - nec iam moderator mores, tum in sociali vita harmonization Lex succurrit. Longis et dialecticam, tanquam legem semper promptus et efficax lacus.
Amicus,
Ringo.