Chega um ponto na vida da gente que a gente tem que escolher. Ou a gente escolhe ou fica pra trás. A gente é obrigado a escolher. Mesmo que a gente não queira a gente acaba escolhendo. Escolhe não querer escolher. É uma escolha.
Na infância os adultos escolhem por nós. Nossos pais, tios, avós, professores, sempre sabem o que é melhor pra gente. A passividade é marcante nesse instante. Mesmo que a gente proteste chorando, se esperneando, gritando, nada fará mudar o que os outros decidem por nós, porque eles sabem de tudo, afinal.
Na adolescência, não obstante ser a fase rebelde, ainda somos decididos pelos outros em muitas coisas. A gente quer morar sozinho mas não dá. Nossos pais não deixam. Não temos emprego. Mas, começamos a escolher, por exemplo, nossos colegas. Aqueles que se parecem com o jeito da gente supera os que eram filhos de vizinhos ou de amigos dos pais da gente. Quem nasceu católico pode mudar de religião. Eu mudei. Quem nasceu evangélico se rebela contra os interditos da religião. Nessa fase a gente começa a aprender a escolher.
Quando a gente chega na juventude as escolhas são mais fortes. Temos o vestibular. Temos o emprego. O noivo, a noiva (ainda não namoro, contudo). A gente pode morar só. A gente percebe que algumas escolhas que fizemos na adolescência foram erradas. Como teria sido diferente se tivéssemos escutado o que a mãe e o pai da gente falava. Mas eram outros tempos. Ainda assim, temos a vida pela frente pra consertar os erros. Só que nesses momento as escolhas se tornam mais complicadas porque a gente sabe o que pode acontecer depois. Temos o medo de errar. O medo de não dá certo. Nos tornamos conservadores se comparados com a fase anterior. Somos responsáveis pelos nossos atos. Estou nessa fase. O medo tem sido estorvo para mim. Muitas escolhas peso muito antes de tomar; às vezes, até de forma exagerada. Mas escolho. Tenho que escolher. De um jeito ou de outro.
Como seria bom se a gente pudesse vê o futuro. Se a gente tivesse uma bola mágica e visse o que nossas escolhas vão ocasionar. Isso é, contudo, impossível. Vamos aprender com os erros. E isso é bom. Vamos quebar a cara muitas vezes, nos decepcionar, nos ferir... e tudo isso a gente vai fazer aos outros. A despeito de isso ser péssimo faz parte da aprendizagem. É errando que se aprende.
Eu escolho. Nós escolhemos. A gente tem que escolher. E a vida é feita de escolhas!