
"Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo"
A frase acima é de Antoine de Saint-Exupéry, autor de "O pequeno príncipe".
Eu acabei de fazer um depoimento para um amigo. Eu gosto muito dele. O encontrei na faculdade. Temos interesses acadêmicos comuns. Foi numa calorada, contudo, que a gente se aproximou de verdade. Com o tempo descobri mais afinidades que temos. Nossa amizade foi se consolidando. Eu o amo.
O amor entre amigos é sublime, divino, metafísico.
Durante uma fase na minha vida eu não tinha amigo. Vivia solitário. Meu mundo era reduzido a casa-escola-igreja. Fiquei com meus problemas guardados, trancafiados, escondendo de todo o mundo aquilo que me fazia sofrer, chorar, entrar em desespero quando estava no meu quarto. Neste perído me refugiei na leitura e na religião. Cheguei a pedir a Deus que no outro dia eu não acordasse mais...
Na faculdade pouco a pouco fui me adpatando. No começo era ainda "matuto". Com o tempo o conhecimento me fez me entender melhor. Passei a compreender os conflitos que me dilaceravam. Vi que a religião não me fazia bem do jeito que eu a vivia. Mas, só no quarto ano da faculdade, tive a coragem de romper com a religião que não me sastifazia espiritualmente e que me trancava socialmente.
A partir de então consegui construir laços afetivos fortes, sólidos. Não sou mais sozinho. Sei que existe alguém que posso ligar para desabafar, para chorar, para me alegrar, para sorrir, bagunçar.
Por isso, o meu mundo se tornou menos deserto. Minha sede de amizade foi saciada. E vou fazer de tudo para que isso se perpetue até o fim da minha existência terrena e chegue a eternidade celestial.
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