sexta-feira, 25 de abril de 2008

Mudando de emprego


A manhã de ontem foi agitada na escola.
Tive problemas com uma turma que julgava ser calma.

Fiquei quase rouco com tudo o que aconteceu e pelo uso exagerado de minha voz.
Chego em casa de 11:30 hs. Esperei na escola uma colega de trabalho, por isso cheguei tarde. Mal entro no meu quarto quando minha mãe diz que veio um telegrama de Guarabira para mim. Pensei logo que seria dinheiro para receber. Fiquei contente, então. Mas não era grana que tinha para mim. Era coisa melhor.

Fui, finalmente, depois de 1 ano convado pela prefeitura. Sai correndo para ajeitar os documentos necessários na contratação. Fiquei como um louco. Não tenho carro. Não tenho motocicleta. Fui atrás das coisas com minha bicicleta (rimou, hehehe).

Cheguei em Guarabira bem cedo. Esperei um tempão para ser atendido. Se eu soubesse que iria demorar tinha levado um livro pra ler.

Quando fui antendido fiquei sabendo que tenho que voltar segunda-feira com todos os documentos completos. Mas é assim mesmo a burocracia estatal.

Fiquei ao mesmo tempo feliz e triste. Feliz por ter sido chamado, assim vou ter um emprego efetivo. Triste por, provalvemente, ter que abandonar minha escola. Adoro ensinar. Às vezes, e muitas vezes na verdade, tenho dificuldades com adolescentes rebeldes e sem perspectiva. A escola existe para esses, contudo.

Mas se tiver que optar vou ficar com o meu novo emprego. Na escola sou contratado, e até agora, depois de quase 3 meses de trabalho nem o contrato assinei.

As mudanças na vida da gente são necessárias. Algumas vem contra nossa vontade. Outras são planejadas. Ambas, porém, são importante. Elas só ocorrem porque algo não está bem em nós. Sempre vão acontecer. Queiramos ou não.

É uma nova fase em minha vida. Um desafio. Vou ter que me deslocar 15 km até o meu futuro trabalho. Conhecer novas pessoas, novos espaços, ter novas experiências.

Guarabira foi a cidade em que, há 21 anos, nasci. Lá estudo desde 2005. De segunda à sabado. Sempre a achei linda. Imaginava e imagino sendo prefeito de lá; que sabe é o destino?

Um novo horizonte se descortina para mim!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Chuva e faltas

Quando a chuva passar
Quando o tempo abrir

São 13 horas. Está chuvendo. Fazendo frio. Adoro tudo isso.

Estive ainda a pouco em Guarabira. Fui ao Banco do Brasil para receber o cartão do Brasil Alfabetizado. Hoje, por incrível que pareça, acordei tarde. Não costumo acordar tarde. Quem me conhece sabe disso. Levantei da cama às 9 horas, contudo. Comi uma tapioca e meia com café depois fui a Guarabira.

Lá fora chove, ouço, sinto os pingos de água que estão regando a terra. Um bom dia pra que tem um amor. Um bom dia pra namorar.

Sempre que vou ao Banco levo um livro. Sei que vou demorar muito pra ser atendido e por isso sempre levo um livro. Essa atitude criei depois de ler uma crônica de Carlos Romero, no Correio da Paraíba. A melhor forma de esperar é não esperar, dizia ele. Desde então, quando estou esperando algo que vai levar um bom tempo, não espero mais, leio um livro, aí quando chega a minha vez parece que o tempo não passou.

Chuva, leva a minha solidão em tuas águas.

Depois de sair do Banco, fui pegar o ônibus. Esperei um tempão até chegar um. Fiquei debaixo da chuva, protegido pelo meu guarda-chuva. Quando entrei no ônibus, durante o trajeito até a minha cidade, fui olhando a paisagem cizenta, chuvosa. Linda, româtica, incrível.

No rádio, o apresentador diz que essa tarde está chuvosa em toda a Paraíba.

Queria poder tomar banho de chuva. Queria está acompanhado com meu amor. Brincar na chuva, como diz aquela música Se você quer bricar eu posso ser a chuva.

Lembrei de outra música. Quando eu era criança escutava ela através de uma vizinha que colocava o disco na sua radiola bem alto:

Olho para a chuva que não quer cessar Nela vejo o meu amor Essa chuva ingrata que não vai parar Pra aliviar a minha dor Eu sei que o meu amor pra muito longefoi Com a chuva que caiu Levando a alegria do meu coração E ele nunca mais sorriu Chuva traz o meu benzinho Eu preciso de carinho Diga a ela pra não me deixar triste assim O ritmo dos pingos ao cair no chão Só me fazem recordar Tomara que eu não fique a esperar em vão Por ela que me faz chorar.

Um dia de chuva, um dia frio, falta um bom pra lugar pra eu ler um livro, um falto um amor ao meu lado, falta, talvez, você.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Malhar, corpo sarado, essas coisas

Acabei de chegar da academia.
Não costumo medir o tamanho dos meus bíceps. Hoje deu vontade, porém. Fiquei surpreso ao constatar que ele diminuiu. Passei um tempo sem malhar, devido a um problema no punho, mas nem por isso ele havia diminuido. Talvez porque eu tenha perdido dois quilos nesses últimos dias.

Mas, tenho em mim uma certeza, um objetivo: não quero ficar como aqueles caras de revistas de malhação, "bombados". Não acho que fica legal aquele tipo físico. Tem gente que toma bomba pra ficar daquele jeito. Falta um mínimo de beleza nos olhos.

A busca pela perfeição do corpo é frenética. As academias de ginástica se espalham vertiginosamente. Todos querem ficar com um corpo bonito, sarado, gostoso. Inclusive eu. Tem a saúde, mas na verdade todos que vão numa academia se preocupam menos com a saúde do que com a estética.

Isso é bom. Qual é o problema de ter um corpo legal, atraente, sedutor? Nenhum. A gente tem que malhar pra isso. Nosso tempo não é mais aquele em que todos pegavam na enchada e ia pra roça limpar, plantar, colher... Naquele tempo não havia sedentarismo, por isso os corpos eram fortes, vigosoros. Hoje como a maioria das pessoas trabalham em empregos que exigem pouco ou nenhum esforço físico, ir à academia torna-se um imperativo.

O problema é que muita gente em busca de um corpo perfeito procura meios mais fáceis, como as drogas. Uns conhecidos meus chegaram a experimentar isso. Foi um comentário geral na cidade. Tem gente, contudo, que toma essas bombas sem nenhum constragimento. Mas depois...

Os gregos se preocupavam com a estética do corpo. O povo que inventou a Filosofia, a História, a Médicina, o Teatro... tinham uma preocupação com o físico também. Em Esparta ter um corpo belo, forte, era uma obrigação. Aquela sociedade era guerreira, então era necessário ter homens forte, musculosos pra enfrentar uma batalha.

Eu malho, quero ficar sarado, mas jamais vou enveredar por caminhos outros que não o do esporte.

sábado, 19 de abril de 2008

amor


Hoje assisti "Como Se Fosse a Primeira Vez".
Um filme sensacional. Prova que o amor efetivamente existe. Além disso, testifica o que muitos româticos e româticas ao longo da História falaram sobre o amor.
Só ele é capaz de fazer com que uma pessoa se apaixone por outra, mesmo sabendo que no outro dia, essa pessoa não vai se lembar de nada. E aí recomeça a conquista, dura um dia o namoro, no outro repete-se a mesma coisa. Assim foi o filme. Pensei que o fim seria triste, mas não foi. Muito pelo contrário.

Num site da net encontrei essa sinopse:

O simpático Henry Roth (Sandler) é um veterinário que mora do Havaí e que adora a companhia de mulheres solteiras em passeio à ilha. Entretanto, ele deixa sua vida de playboy de lado quando acaba por se apaixonar por Lucy (Barrymore), que sofre de uma estranha doença: a moça esquece tudo o que acontece com ela ao final do dia. Graças a essa simples premissa, Lucy não reconhece Henry dia após dia como a mesma pessoa, então, o rapaz tem que fazer de tudo para que ela se apaixone por ele, todos os dias!

O amor é o melhor sentimento que há no mundo.
Como tudo seria bem melhor se as pessoas amassem mais.
Amar ao próximo. Amar a Deus, porque Ele nos fez.

Mas, a amor do filme é outro. É o amor heros. Aquele que arde sem se ver. Aquele que faz o cara pensar o tempo todo na pessoa amada. Aquele que torna o dia mais lindo. Que deixa a gente com a sensação de que viver é a melhor coisa que podemos fazer. O amor. Por ele muitos sofreram, morreram, se suicidaram, cometeram loucuras pra poderem viver esse sentimento.

Olha a letra dessa música de Saia Rodada

Passo o dia sonhando
Pensando em você
Meu amor
Não quero mais ficar nessa situação
Você sabe que eu te amo e que não posso ficar longe de ti
Por favor
Meus sentimentos estão nesta canção
Tu és o homem da minha vida
É você quem eu quero pra ficar junto a mim
Você é meu eterno amor
Te peço por favor
Não me machuque assim
Nem a distância vai tirar você de mim
Sei que também me queres o quanto eu quero a ti
É porque eu te peço
Pra ser tua mulher
O importante é que eu nunca deixarei de te amar
Minha flor
Vem pros meu braços que eu te quero amor
Toda noite quero poder te abraçar,te beijar te tocar
As Nossas vidas não podem se separar
Tu és o homem da minha vida
É você que eu quero pra ficar junto a mim
Você é meu eterno amor
Te peço por favorNão me machuque assim
Nem a distância vai tirar você de mim
Sei que também me queres o quanto eu quero a ti
É porque eu te peçoPra ser tua mulher

É claro que tem muitas músicas mais belas que essa que falam no amor. Mas, me veio a mente essa. Não sei o porquê. Mas veio.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Mulheres lindas, inteligentes, politicas

Acabei de chegar da faculdade.
Fui responsável, juntamente com um colega, de apresentar um texto sobre o PCB, a ANL e os Levantes de 1935. Um assunto muito excitante.

Minha professora de República é linda. Uma historiadora, ou melhor socióloga, já que ela fez o mestrado e está fazendo o doutorado em Sociologia, mas sua graduação é em História, muito linda. Parece uma modelo. Linda por demais. Todos os garotos da classe tem a mesma opinião. Eu a vi pela primeira vez, há 2 anos, na semana de Humanidades da faculdade. Me lembro até do seu trabalho. Era sobre a beleza no período entre guerras. Parece até um sonho tê-la, agora, como minha professora. Linda, inteligente, competente.

Minha mente traz a imagem deslumbrante da deputada gaúcha e comunista, Manuela D´Ávila. Linda também. Ontem, vi um debate no Opinião Nacional, programa da Tv Cultura, com ela. Ela foi demais. Mostrou que por traz daquele rosto belo, aparentemente inocente, pueril até, está uma mulher forte, decidida e disposta a lutar por um Brasil melhor. Falando nisso, ela é pré-candidata a prefeita de Porto Alegre. Deus queira que ela ganhe.

As mulheres conquistam, a cada dia mais, espaços significativos na sociedade. Durante muito tempo, de forma grosseira, foram excluídas do poder. Até enquanto durou a Família Patriarcal, seu papel era relegado a gerar e cuidar dos filhos, além de cuidar do lar.
Até hoje, existem, infelizmente, resquícios daquele tipo de família. A mulher ainda é sujeita ao mando do marido, isso é presente, mormente, nas cidades interioranas. Estamos, contudo, avançando.

Esse ano já decidi em quem votar. Nelas. As mulheres. Em minha cidade a prefeitura, tudo indica, que a partir do ano que vem será ocupada por Alcione Beltrão. Na câmara municipal, votarei na minha colega de trabalho Maria de Jesus, do PT.

Espero, em 2010, votar numa mulher pra presidência da República.

Elas vão dominar o mundo. Se Deus quiser!

domingo, 13 de abril de 2008

O dia de hoje

Domingo. Início de semana. Quando eu era criança pensava que hoje seria o fim da semana. Depois que me tornei evangélico soube que esse não só é o primeiro dia da semana como também é do dia do Senhor. As Igrejas no dia de hoje tem seu culto principal. Fui à minha, nosso templo está em reforma, estamos nos reunindo numa escola pública local.

Estou muito cansado. Assim que acordei de verdade, digo assim porque eu sempre acordo às 5 hs, ligo o rádio, mas permaneço na cama, por volta das 8 hs, fui ligar a TV. Na Record News, estava passando uma entrevista com o ex-ministro Rubens Ricupero, sendo entrevistado sobre os 200 anos da abertura dos portos, com a vinda da família real.

Em seguida, fui corrigir um monte de provas, trabalhos, de várias turmas da escola. Parei de 3 da tarde, já sem forças. Ficou pouca coisa. Termino depois. Tentei durmir depois disso, mas o sono não vinha. Comi um biscoito recheado. Tentei durmir de novo, mas nada.

Tomei banho, fui assistir TV de novo e depois fui pra Igreja. Retornei agora às 20 hs. Comi um pedaço de bolo, umas cochinhas, que minha mãe trouxe de um aniversário, depois comi cachorro quente, e agora tou na net. Entrei no msn, mas não tive vontade de conversar com as pessoas on line. Entrei no Orkut, respondi uns recados e sai. Conferi meus e-mails. Agora estou postando isso no blog. Chato, né? Mas blog é um diário. O que é que a gente escreve num diário? A nossa rotina. Pois pronto.

Acabei de tomar um copo de café. Não costumo tomar em xícaras. Daqui a pouco, vou ler a bíblia, ou preparar as aulas de amanhã. Tou sem vontade pra nada. Talvez eu ligue o rádio pra escutar músicas românticas. Gosto de escutá-las.

Essa semana espero que seja ótima.

sábado, 12 de abril de 2008

A semana, coisas sem nexo

Esta semana pensei várias vezes em postar o que tem ocorrido comigo.
Abri várias vezes meu Gmail, o Blogger, mas dava errado e não abria de jeito nenhum a página de postagem. Aí, terminei protelando de escrever algo.
Agora, são 17:47 hs de sábado, o último dia da semana.
Acho que não vou escrever o que estava na minha mente. Vou analisar minha semana, vou fazer um resumo, se minha memória ajudar, né?
Na escola, foi uma semana de provas. Em quase todas as turmas que ensino, com exceção de uma, fiz avaliações, recuperações de nota baixa. Aff, é um saco. Os alunos filam, a gente sabe, mas faz de conta que não sabe, pra ver se eles melhoram a nota. Nossa, tem gente que não estuda nada. Na hora da prova quer colar. Numa turma isso não deu certo. Foi na 3 série do ensino médio. Não permito que jovens vestibulandos se comportem como se estivessem na 5 série do fundamental. Não compreende o que ler, é um saco. Dessa vez fui duro na prova com eles. Eles mesmo confessaram que não tinham estudado. O resultado: só um aluno conseguiu a nota mínima pra "passar".
Terça-feira na faculdade assisti um filme sobre 68. Nossa, aqueles dias sempre me encantaram. Na classe, na aula anterior, discutimos sobre isso. Foi uma "briga". Uns eram contra. Outros, a minoria, como eu, éramos a favor, o professor também era. O filme, que esqueci o nome, mostrava aquele período na França (ainda visito se Deus quiser Paris...), através da vida de três jovens que tinham um estilo de vida bastante diferente da sociedade "normal". Foi incrível.
Teve no mesmo dia uma reunião política na minha cidade, que infelizmente não pude participar. Foram apresentados o pré-candidato a vice-prefeito na chapa da oposição e os pré- candidatos a vereador - vários.
Na mesma terça, na mesma faculdade, antes de ir assistir o filme, assim que chegeui na sala, uma colega me disse que Elisa , minha professora adorada, queria falar comigo. Logo pensei que seria o livro que eu havia pedido a ela. Corri a faculdade toda atrás dela. Acho que as pessoas não entenderam o motivo daquilo. Eu tinha pressa em voltar pra sala, assim tive que correr. E suei. Chegando na coordenação do curso, ofegante, ela até levou um susto, ela me deu dois livros. Na hora fiquei meio decepcionado, porque eu queria o livro que havia pedido. Mas, como a temática era a mesma, aceite de bom grado, e fui logo lendo as orelhas. Nossa, achei o máximo o que dizia.
Quando esperava o ônibus, comecei a ler.
Não parei de ler. O primeiro "Trem fastama", relata a vida de homossexuais nas décadas de 70 e 80, a vida livre que tinham, antes da "Peste gay" aparecer. Depois da sua vinda, o resultado foram mortes e mais mortes.
O segundo "O 3º Travesseiro", é maravilhoso. Li num instante. Foi o primeiro livro que me fez chorar. Ao mesmo tempo que eu lia, pensava numa pessoa muito importante pra mim. Não vou falar sobre o que trata o livro. Mas, leia por favor. Vale a pena.
Os dois livros que recebi na terça acabei de ler na sexta.
Hoje, fui pra convenção do meu partido, PHS. Cheguei atrasado, porque nos sábados faço um curso de espanhol no CCAA.
Agora de tarde fui malhar, o que fiz a semana toda, com exceção da quinta-feira.
Sim, ia me esquecendo. Ontem mandei um e-mail pra uma pessoa que eu amei e amo muito. Acabamos, ou melhor, eu acabei, mas... Eu tinha que mandar aquele e-mail. O "3 travesseiro" me ajudou a enviar. Pensei que não ia ser respondido. Ontem, esperei várias vezes a resposta. Mas não veio. Hoje, da mesma forma. Agora de tarde entrei duas vezes, na ansiedade de ver a resposta. Agorinha, já sem esperança, vi que tinha me respondido.
Depois comento algo a respeito. Não é o momento propício.
Outra coisa desta semana. Achei uma comunidade no Orkut que tem vários livros pra baixar. Fiquei besta. Baixei vários livros, que certamente, não poderia comprar agora.
São 18:11.
Fim

sábado, 5 de abril de 2008

21 anos


Nossa!, já faz um tempão que atualizei meu blog.
Entre a última vez que postei e hoje minha vida mudou muito.
Não falo de um acontecimento que tenha alterado minha rotina, minha mediocridade, meu marasmo.
Refiro-me a minha idade.
Sexta-feira, da semana passada, dia 28, fiz 21 anos.
21 anos.
Parece que cresci sem me dá conta do tempo.
Até ontem eu corria pela ladeira da minha antiga rua. Brincava pelos becos, quintais, debaixo dos pés de manga, laranja, cajú. Levava topada direto. Meu dedo de vez em quando tinha um rombo. Cortava meu dedo descascando cana, coco ou laranja.
Apanhava de minha mãe pelas minhas "artes".
O tempo passou...
Hoje, tenho 21 anos.
Antes de completar, eu imaginava tanta coisa que podia ocorrer. Eu fiz planos de rupturas com a minha religião, mas não deu certo.
Pra mim, 21 anos, seria uma idade em que eu teria que mudar a minha vida por completo. Eu me imaginava como um rapaz adolescente que engravida a namorada e se ver com uma responsabilidade para a qual não estava preparado, ou seja, ele tem que mudar o comportamento, a mentalidade, o cotidiano, para essa nova realidade.
Mas, era só imaginação, nada de mais aconteceu. Continuo como se eu tivesse 20, 19, 18 anos...
Ainda moro com meu pais. Tão cedo vou morar só, porque o que ganho não dá pra nada.
Não me desliguei da Igreja. Vi que tinha me precipitado em pensamentos.
Tenhos os mesmo conflitos que tinha na idade anterior.
Na verdade, todo mundo sabe, que a passagem da idade não altera, ou se altera é pouca coisa, na vida da gente.
Todavia, eu criei expectativas enormes. Completar 21 anos seria como passar por um portal mágico e ir parar em outra terra, outro mundo, em um lugar inimaginável.
21 anos, pra mim seria um rito de passagem. Pra onde? Sei lá. Até porque desde o ano passado que tenho responsabilidades grandes, depois que comecei a lecionar.
Contudo, não porquê eu esperava algo ocorrer. Algo que me tirasse do lugar comum. Algo que me transportasse pra uma nova geografia. Algo que pudesse me dá asas pra voar bem alto. Algo que pudesse diminuir, ou mesmo, acabar com meus conflitos. Algo que dissesse: "agora você pode realizar seus sonhos, desejos, afetos..." Eu queria que o gênio da lâpada de Aladin me aparecesse, mas ele não veio. Talvez eu não tenha não tenha esfregado a lâmpada o suficiente pra ele vim.

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