segunda-feira, 29 de outubro de 2007




As mulheres estão a cada dia conquistando espaços notáveis na sociedade.
Já foram excluídas do poder, das decisões relevantes, seu espaço era restringido ao lar, sua função gerar filhos.
Ainda bem que as coisas mudaram muito e continuam a mudar.
A vitória de Cristina Kirchner, ontem, para presidente da Argentina me deixou feliz! É mais um mulher que a América tem como governante. Já temos uma no Chile. Podemos ter mais uma no próximo ano se Hillary Clinton vencer nos EUA.
No ano passado votei numa mulher, Heloísa Helena, para presidente. Ta na hora de termos uma mulher no comando do país. Quem sabe em 2010!

sábado, 27 de outubro de 2007

Pela Lei do Recall

Hoje fui à convenção do meu partido (PHS).
Não foi muito prestigiada porque a divulgação foi pouca, mesmo assim, um bom número de filiados, simpatizantes e de pessoas, sobretudo jovens, estiveram presentes. A realidade de minha cidade é gritante. Não faltam verbas para o município. Vem, e muita. O que falta é alguém capaz de administrar para o bem público, para a população, sobretudo a parcela mais carente, gerir a coisa pública como pertencente a todos e não a um grupo ínfimo que se apropria do que é do povo. Mas, felizmente, a situação começa a mudar. E a convenção feita demonstra isso.
Essa falta de interesse, por parte dos políticos, pela população, me fez lembrar da Lei do Recall, presente no Canadá, Suécia, e etc. e que seria ideal para o Brasil. Trata-se de um dispositivo que permite ao eleitor cassar o mandato do político corrupto, mentiroso, omisso, inepto ou indesejável, antes de concluir o mandato. Foi aplicado pela primeira vez na Califórnia. Segundo Teresa Cruvinel, para o povo vencer, a política tradicional tem de perder.
Em inglês, Recall significa chamar de novo, ou de volta, aplicado na indústria automobilística, quando uma montadora descobre uma falha no automóvel e decide chamar o proprietário de volta para fazer, gratuitamente, os reparos necessários.
Através de um plebiscito, portanto, a população decidiria se determinado político ficaria ou não no poder. Dessa forma, acredito, a corrupção seria diminuida, porque a população teria poder sobre o governante/legislador.
Seria ótimo poder cassar o mandato do prefeito que atrasasse salários, que não fizesse nenhuma obra, que deixasse a cidade feia, sem um atendimento básico de saúde e educação, que não comprovasse onde foram parar todas as verbas que vem para o município (tudo isso ocorre em minha cidade). Ou mesmo cassar o vereador/deputado/senador que nas votações olham primeiro para seus interesses em detrimento da população.
Há um movimento no país que luta para o Recall faça parte da nossa legislação. Sou, de corpo e alma, favorável. Precisamos mostrar a nossos governantes que eles estão no poder porque nós votamos e para nos representar e governar para o bem comum.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

CORAÇÃO PARTIDO...




As decepções amorosas fazem parte da nossa existência. Talvez não fosse nem bem falar em decepções, mas em ilusões. Essas existem quer sejamos enganados ou não; aquelas, partem do pressuposto que eu gostava/amava alguém e fui ludibriado, portanto fui correspondido (ou achava que estava sendo).
Ilusões! Como se diz: quem nunca por uma passou que atire a primeira pedra...
Gostei muito de uma garota por mais de um ano. Nesse período, não obstante ter sido terrível (eu não era correspondido), eu aprendi muitas coisas. Aprendi (e passei pela experiência) que a dor da paixão, do amor, que tanto já foi versejada pelos poetas e descrita pelos romancistas, é real. Bem real. Tão real quanto uma dor de cabeça, uma dor no pé, no dente (essa perturba muito), na barriga... É como se um dardo inflamado fosse lançado em seu coração e o veneno penetrasse rapidamente, te deixando paralisado, a única vontade que se tem é de chorar, esbravejar, pensar que tudo não existe.
Um coração partido...
O bom que é você fica mais sensível perante a dor alheia, sabe entender o motivo de algumas pessoas cometerem loucuras por amor, até chegar ao ponto de tirar a própria vida. Que graça tem a vida se não é possível vivê-la ao lado de quem se ama?
Um devaneio amoroso é agridoce. É azedo porque a pessoa que ama não é correspondida. É doce porque mesmo sem ser correspondido o AMOR FAZ SEMPRE BEM A QUEM O TEM.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007




Ah!, se eu pudesse ter o controle do tempo. Como seria bom. Tudo seria diferente. O poder sobre o meu passado, sobretudo. O presente eu tenho controle, todos tem. O futuro depende do que faço do meu presente. Já o passado... Ele está lá para sempre. O que eu fiz não será jamais apagado. Posso ser perdoado pelo mal que fiz a alguém, mas ele não será, como nesse computador quando erro, em absoluto, deletado. E o que já me fizeram? Nossa!, seria ótimo se eu pudesse esquecer! Se eu pudesse jogar no mar do esquecimento o desrespeito, a dúvida, o rancor, o mal que tiveram e fizeram contra mim. Como seria bom ter o domínio sobre o passado. Mas se nem os historiadores que o estudam tem, quanto mais alguém que quer mudá-lo... Ah!, se eu pudesse deletar um dia sequer, ou melhor uma manhã, reduzindo mais, das 8:00 às 11:00 horas da manhã de quarta-feira dessa semana, eu ficaria feliz da vida. Foi uma daquelas experiências que o cara não deseja nem para nosso inimigo. Mas... faz parte da vida... faz parte do meu aprendizado para meu crescimento enquanto ser humano. Mesmo assim, se eu pudesse, seria melhor mudá-lo. Como um simples mortal me resta, tão somente, procurar aprender com meus erros do passado, não repeti-los no presente e buscar um futuro melhor. Com o que fizeram contra mim... queria apagar pra sempre da memória, mas como não é possível tenho que tirar lições também... Tenho que lembrar que o ser humano é falho mesmo... Que todos erram... Que eu também erro. Mas, ainda sim, quem dera ter o poder sobre o tempo...

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Dia do Professor

São 13: 30. Já vasculhei vários sites de notícias. Pouca coisa encontrei sobre o dia do professor. Uma notícia chamou minha atenção no G1, "MEC: 70% dos formados rejeitam carreira de professor". Por que será?!
No site da SEC PB: "Secretaria começa discutir Plano de Educação para 2008". Fico sabendo, inclusive, que o Governador em exercício José Lacerda Neto, foi professor em sua cidade natal, de história (como eu).
No site do MEC:"Governo federal quer melhoras na carreira do professor".
Parece que os governos estadual e federal estão preocupados com a carreira de mestre e com a educação! Oxalá que saia do papel. Estou cansado de discursos de palarmentares, executivos, empresários, jornalistas, dizendo que a educação é o caminho pra o Brasil sair do atraso. Virou lugar-comum. Por isso, tornou-se vão!
Mas fui a outros sites. No da CUT não encontrei nada sobre esse dia. No da UOL só tinha tinha informação para assinantes, acho que partindo do pressuposto de que os professores ganham o suficiente para assiná-lo. Fui no da CNTE, encontrei notícias sobre o PDE mas nem um parabéns por esse dia. Passei ainda pelo IG e outros sites. Nada ou quase anda, o que dá no mesmo. Recorri ao Google. Num site enconttrei informação sobre a história dessa data. Lá vai:

"Você sabe como surgiu o Dia do Professor?

O Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. Mas poucos sabem como e quando surgiu este costume no Brasil.
No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.
Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.
Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.
O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.
A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".

http://www.portaldafamilia.org/datas/professor/diaprof.shtml

Eu não sabia disso. Agora sei a história do dia do professor. Nesse mesmo site encontrei uma mensagem que já tinha visto no quadro-negro da classe. Na oportunidade discuti ela com meus alunos e minhas alunas. Mesmo assim não fui compreendido. Mas vale a pena colocá-la aqui.


"O PROFESSOR SEMPRE ESTÁ ERRADO

Quando...
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia".
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.

Não falta às aulas, é um "Caxias".
Precisa faltar, é "turista"
Conversa com outros professores, está "malhando" os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó dos alunos.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.

Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama à atenção, é um grosso.
Não chama à atenção, não sabe se impor.

A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances dos alunos.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.

Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.

O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, "deu mole".

É, o professor está sempre errado mas,
se você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!"

Sou professor a pouco tempo. Passo por tudo o que fiz meus mestres passar no meu tempo de aluno da educação básica. Tou gostanto. Mas, às vezes, vem uma crise de indentidade: " vale apena ensinar?" Uma pergunta que vez por outra vem em minha mente. Mesmo assim sou feliz por ensinar história na 6 (7 ano) e 7(8 ano) e na primeira e segunda série do ensino médio.
Agradeço a todos os meus professores, do ensino infantil a universidade!

domingo, 14 de outubro de 2007

Recentemente li “A cidade das feras” de Isabel Allende ,4ª Edição, Tradução de Mario Pontes, Bertrand Brasil, 2002. Foi o primeiro que li da sobrinha do presidente Salvador Allende, derrubado e assassinado em 1973 por Pinochet. Não vou resumir o livro, no google pode-se achar. Quero colocar uma fala interessante de um xamã, nele fica demonstrado sua visão a respeito dos homens brancos.

-Os nahab são hoje como os mortos, a alma lhes fugiu do peito – disse Walimai. – Os nahab não sabem de nada, não sabem pescar um peixe com uma lança, nem acertar um dardo em um macaco, nem tampouco subir em uma árvore. Não andam, como nós, vestidos de ar e luz, mas de roupas hediondas. Não se banham no rio, não conhecem as regras de decência ou cortesia, não dividem sua casa, sua comida, seus filhos e suas mulheres. Tem os ossos moles e basta uma pequena paulada para lhes partir o crânio. Matam animais e não os comem, largando-os no chão para que apodreçam. Por onde passam deixam um rastro de lixo e veneno, inclusive na água. Os nahab são tão loucos que pretendem levar as pedras do chão, a areia dos rios, as árvores da floresta. Alguns querem a terra. Dizemos que não podem carregar a selva nas costas, como uma anta morta, mas não nos escutam. Falam de seus deuses mas não querem ouvir falar dos nossos. São insaciáveis como os jacarés. [...] p 154.

Acredito que essa fala fictícia leva-nos a pensar sobre o nosso modo de viver e como nos comportamos em relação ao outro, ao diferente, a alteridade. Li algumas coisas sobre cultura, mas observei que não existe cultura superior a outra. Não há povo superior a outro, mais avançado, o que existe são povos que buscam alternativas diversas para atender suas necessidades. Por que dizer que somos civilizados se o planeta está sendo destruído por nossa causa? Em nome do progresso, da civilização, derrubamos matas, poluimos rios e lagos, fazemos guerras e armas de destruição em massa... Os povos que vivem como há milhares de anos nos possibilita (re)pensar nossa existência nesse mundo cada vez mais ruim de viver, a cada dia mais aquecido, onde a misériia e a fome recrudescem.

sábado, 13 de outubro de 2007

Uma poema para Deus

Com Deus sempre estarei
Voando nas alturas
Mesmo sem forças não cairei
Pois Ele me levará
Em Suas Asas seguras.

Com Deus sempre vencerei
Mesmo com a perda
Porque Ele me fez
Mais que vencedor.

Com Deus a tristeza
Não tirará a beleza
Nem o desânimo a beleza
Da alegria que virá.

Com Deus a dor
Não passará de um prova
Se realmente O amo
Como Ele me amou.

Com Deus a noite
Não cessará a esperança
Que virá
Com um novo amanhecer.

Com Deus meus sonhos
Serão alcançados
Porque Ele me dará
Forças para lutar por eles.

Com Deus a solidão
Não me deixará angustiado
Muito pelo contrário
Será uma oportunidade
De ter experiências com Ele!

sexta-feira, 12 de outubro de 2007


Al Gore é o novo Nobel da Paz. Seu documentário "Uma Verdade Inconveniente" sobre o aquecimento global, além de ter recebido o Oscar de melhor documentário, é reponsavel por sua escolha. Ninguém pode fechar os olhos para o que acontece com o nosso planeta. As queimadas, devastações, poluição do ar, tudo causado pelo ser humano tem gestado um clima desequilibrado. A natureza está sofrendo, gemendo, clamando por socorros! E nós o que temos feito? Acelerado sua destruição, esquecendo-se de que estamos sendo destruídos também. O ex-vice-presidente americano é uma voz importante nessa discussão, por isso achei importante sua escolha para o prêmio Nobel da Paz.

Lembranças de criança

12 de outubro. Dia das crianças. Foi-se o tempo em que a criança não era ouvida, o espaço para era reservado excluía presenciar conversas de adultos, dá opiniões. Foi-se o tempo em as crianças brincavam de roda na ruas, iam pra casa dos vizinhos quando os pais viajavam, sonhavam com os personagens dos desenhos animados, se apaixonavam pela apresentadora de programa infantil (eu gostei de Xuxa).

Vivenciei, por morar em uma cidade interiorana, o tempo áureo da infância, como alguns gostam de falar. Lembro-me das brincadeiras de esconde-esconde, de toca, de pai da rua, lembro que eu ia pra casa de uma senhora vizinha bem cedo para acabar meu sono lá. As quedas que levei na ladeira onde morava. Os cortes no dedo, na mão, pelo uso da faca para descascar uma laranja ou uma cana-de-açúcar para chupar, tenho ainda hoje as cicatrizes. Lembro que subia nos pés de laranjas no terreno vizinho, e em cima ficava chamando palavrões para o vento ficar forte, quando ele recrudescia rogava a ave-maria para acalma-lo.

Não tinha briquedos. Meu pai era o único que trabalhava e não tinha condições para presentear a mim e a minhas irmãs. Quando ele comprava um pra mim em pouco tempo já estava quabrado.

Meu sonho era ser artista de cinema e namorar uma atriz famosa. Ser cantor também. Ir pra o outro lado da tela de televisão.

Nas brincadeiras passava pelos quintais dos vizinhos sem nenhum receio. Respeitava os mais velhos, pela experiência e pelo saber que detinha. Ninguém ousava chamar palavras feias com o pai ou com a mãe. Qualquer travessura feita, era punido com um boa “pisa”. Às vezes, eu mesmo ia buscar o instrumento que minha mãe usava para me bater, geralmente era com a espada de são Jorge.

Tenho saudades daquele tempo... Eu era feliz e não sabia...

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

E a morte?




Recentemente fui a um enterro de uma pessoa por mim estimada.

Era fim do dia. Uma hora propícia para ir a um sepultamento, pensei. Para pensar na morte, essa certeza absoluta que tenho, que temos. E ao mesmo tempo pensar na vida.

Se eu só existo em relação ao outro, a vida só existe em relação à morte. Por isso, não há momento melhor para (re)pensar no viver do que quando alguém deixa, nesse mundo, de existir.

De vez em quando penso na morte. Conversando com um amigo que tentara suicídio (graças a Deus não deu certo) eu lhe disse que não vale a pena tirar a própria vida para fugir dos problemas. A pessoa morre, a família e os amigos choram, outros vão comentar o motivo de fulano (a) tirar a sua vida, mas depois todos esquecem. Só em raros momentos a memória do morto vem à tona dos que o conhecia. Todos vão continuar vivendo normalmente. Valeu a pena? E além-túmulo?

Nem quero discutir isso. É melhor tentar passar por todos os problemas, mesmo que as lágrimas rolem sem cessar, mesmo que as feridas estejam purulentas, mesmo que o fel seja o único sabor a sentir, mesmo que os amigos que restaram são o travesseiro e o cobertor. É sempre melhor viver! Além disso, Deus está bem próximo dos aflitos, oprimidos, desesperados.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Há momentos na vida que tudo que era verde morre. Os sonhos ficam sem significado. A esperança definha. Nada parece ter mais valor. Deseja-se até a morte. Se a vida está tão estéril qual o motivo de continuar nela? Se quando olha-se para o lado a paisagem está amorfa, a terra rachada, nenhum sinal de alegria, não há motivo para viver assim. É melhor largar tudo. Morrer. Partir para uma outra vida no além-túmulo ou para o aniquilamento total. É o momento de seca na existência. Quando vivencia ele parece que nada de bom mais existe. Esquece, por exemplo, das alegrias que já foram presenciadas, dos momentos que se queriam tornar eternos. Não, a vida tem seu momento onde a temperatura está tão alta que rouba as forças, os sonhos, a esperança, a alegria...Mas tudo passa, tudo passará, como diz a música. Então vem a chuva, trazendo de novo a alegria, renascendo a esperança, renovando os sonhos. Como a vida é interessante. Aí, a seca fica como um pesadelo de uma noite turbulenta, mas que logo passou. Amo a vida!

sábado, 6 de outubro de 2007

Minhas convicções não estão da mesma forma que há dois anos. O tempo, o estudo, as leituras, os debates, as músicas, os amigos, me fizeram (re)pensar a minha vida e com ela meus ideais e pensamentos. O que era, até bem pouco tempo, uma certeza absoluta, tornou-se tão relativa quanto a questão do belo. Mas assim é a vida. Só não muda de idéia quem não tem idéia para mudar, disse alguém. Mudei. Mudarei. Serei moldado pelo tempo, pelo convívio social, pelo desejo de mudar uma dada realidade que não me interessa mais. Como a água de um rio que sempre vai, corre, não volta mais, assim sou. Líquido. A solidez é temporária. A liquidez é perene.

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